SPFW Inverno 2016

Hoje teve a abertura oficial do São Paulo Fashion Week 20 edição. Começou com o desfile da Animale, passando por Uma Raquel, Ronaldo Fraga e encerrando em grande estilo com Lilly Sarti. Quem esteve presente pode conhecer em primeira mão as tendências do Inverno 2016. Foi um show e agradeço a Gê Rocha pelo convite.

Já na entrada (lembrando que voltou a acontecer na Bienal do Parque Ibirapuera), registrei várias mulheres que admiro deixando o pavilhão. A começar pela Alice Ferraz dona da FHITS, as blogueiras Camila Coelho, Thassia Naves de Uberlândia, Lala Noleto de Goiânia, Mariah, celebridades como Tânia Kalil mulher do Jairzinho, Sophie Charlotte gravidíssima mas super fitness, Solange Frazão, e as editoras de moda e beleza da revista Cosmopolitan (queridíssimas Vania Goy e Thais) e da revista Glamour, além de Constanza Pascolato.

Espero que gostem de ver os looks, os ambientes e stands do evento assim como eu amoooooo. E se tiverem algum convite sobrando para assistir a um desfile até sexta, terei um imenso prazer de cobrir e contar tudinho para vocês.

Cineminha da semana: Peter Pan

Depois de E.T. eu nunca mais tinha me emocionado com um filme. Achei que seria eterno, passaria nos natais dos meus netos. Mas sábado fui ao cinema, depois que deixei o marido no salão de motos, e estava passando Peter Pan. Isso mesmo: 3D, dublado, sala lotada de crianças e sem esperar muito me surpreendi com o menino de 12 anos deixado no orfanato quando bebê que virou amigo do capitão gancho e libertou, com a ajuda das fadas, a Terra do Nunca.

A história de passa em Londres, na época da Segunda Guerra, e não fala de um menino que não quer crescer (como a gente sempre ouviu falar), mas de um menino corajoso que não quer ser mais do que é, apenas ele mesmo, a ponto de voar.

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Quando a saudade incomoda

Um dia todo mundo vai embora. E quando vai, deixa um rastro no ar: de perfume, intenções, sentimentos.

Quando vai, você pode até não notar no primeiro momento, mas logo começará a trombar na sua cadeira vazia. Um roxo vai marcar a sua coxa e aquela dorzinha chata vai incomodar quando estiver deitado no sofá assistindo uma novela qualquer.

Ela não está mais ali. E para você cabe apenas confessar: não imaginava, mas ela já está fazendo falta. Aquela pessoa que fez alegria, fez festa, fez amigos, fez suas vontades mesmo que nunca tenha pedido, agora faz falta.

Por mais que queiram te convencer que todo profissional é substituível, não precisa ser tão esperto assim para saber que o profissional é, mas a pessoa, nunca.

Será apenas mais um rosto apagado na foto. A foto que logo será esquecida no fundo da gaveta embolada às roupas que já não servem mais. A foto que o cachorro vai comer ou seu filho vai rabiscar.

Afinal, um dia todo mundo vai embora.

Já nos acostumamos com o fato de que não podemos alterar o destino. Já nos consolamos com a desculpa de que todo empurrão serve para nos levar pra frente.

E a vida vai passando, dia após dia, tendo você barriga para empurrar ou acorde mais cedo para malhar seu tanquinho na academia. A vida vai passando e as pessoas passando por ela.

Estabelecemos algum vínculo com quem se aproxima. Mas ninguém mais se deixa enganar: tudo não passa de conveniência.

Apesar de o ser humano gostar de se deixar enganar. Se entregar de corpo e coração pela simples necessidade de ter alguém para ouví-lo. Quem vê de fora, sabe que ali não reside alma. Os novos amigos não serão tão novos amanhã, muito menos lhe abrirão a porta e farão a cama (aqui em São Paulo não se convida para dormir em casa).

Eu sinto saudade de tanta coisa, sinto saudade de tanta gente. Mas elas são obrigadas a se despedirem cada dia de uma pessoa. Mas elas tem tanta gente para sentir falta, tantas cadeiras para esbarrar pelo caminho, tantos roxos nas pernas, que talvez nem tenham tempo de se lembrarem de mim.

Mesmo sabendo de tudo isso e entendendo como funciona, coloco um pouco de óleo de cozinha nas engrenagens. Já experimentou? Pelo menos, ao abrir e fechar, não faz ruídos.

camisa para trás ou camisa de força?

Ah vá…

Toda semana tem uma tendência nova e depois do decote ombro a ombro, pantalona e um mix de listras com listras de todos os tamanhos, chegou a vez de uma (um pouco discutível) que nada mais é do que usar a camisa virada para trás.

Isso mesmo, pegue aquela camisa do boy e feche os botões nas costas (pode deixar alguns abertos também para fazer um decote feminino.

A moda pegou em Nova York e é usado pelas mesmas meninas que fazem um coque no topo da cabeça. Não sei como elas seguram tanto estilo, mas a verdade é que fazem parecer natural.

Conclusão: na moda vale tudo, mesmo que você dê uma de crazy people.

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Feliz aniversário neguinha

Tem dias que a gente só queria voltar no tempo.

Voltar no tempo das cartinhas cheias de coraçõezinhos, perfumadas e com dobraduras, que você escrevia só para saber como foi o meu dia e eu guardava na caixa de poesias (poesias sempre inspiradas em você: Amanda, amada, amiga)

Tem dias que a gente só queria voltar no tempo.

Voltar no tempo que não importava qual cor de base eu usava se minhas bochechas rosassem quando eu visse aquele menino da escola. E que você, sempre delicada e prestativa, não achava perda de tempo fazer uma escova de 4 horas em mim ou me ensinar passar batom sabor moranguinho e treinar aquele olhar de gatinha.

Tem dias que a gente só queria voltar no tempo.

Voltar no tempo que eu andava de carona na joguinha (e às vezes, carregávamos até a Camila) e dávamos uma volta no bairro até o posto ou na quitandinha, onde você comia 2 esfirras e dividíamos uma coca de latinha.

Tem dias que a gente só queria voltar no tempo.

Voltar no tempo quando nosso sexto sentido era bem apurado e adivinhar que eu tinha beijado na boca a primeira vez era muito mais do que premonição. Afinal, eu já estava atrasada uns 4 anos em relação as outras meninas e mesmo assim você fez uma festa com a novidade.

Tem dias que a gente só queria voltar no tempo.

Voltar no tempo em que caía toda hora, bastasse que eu estivesse em pé. Como nas festas juninas do Porto Seguro, na rua da sua casa em frente os seus vizinhos, na rampa para chegar no bairro Santa Genoveva que eu preferia descer da bike e subir empurrando, mas antes disso sempreee caía. E depois de você rir muito comigo, me ajudava com os primeiros socorros que incluíam um punhado de cafuné.

Tem dias que a gente só queria voltar no tempo.

Voltar no tempo em que estudávamos juntas, tomávamos sol juntas, assistíamos MTV juntas, e você me escutava cantar embora a gente sabia que sua voz sempre foi a mais linda e só você é capaz de interpretar uma música country com todos melismas e nuances como uma legítima pop star.

Tem dias que a gente só queria voltar no tempo.

Voltar no tempo em que não importava se eu estava gorda ou magra, você estava ao meu lado. E mesmo com short jeans, moleton do hard rock café e tênis branco você era sempre a mais linda. Continuava estilosa sem esforço. Pois o espelho do seu quarto só refletia o que tínhamos por dentro. E é assim que você enxergava todo mundo que se aproximava a você, cheios de beleza.

Tem dias que a gente só queria voltar no tempo.

Voltar no tempo em que você brigou comigo. Na verdade, decidiu que não me procuraria mais para respeitar meu espaço, minha nova vida de casada, minha péssima mania de odiar falar ao telefone e sumir por uns dias. E não nos falamos por 3 meses. E eu sofri a sua ausência cada segundo de cada dia. E foi a pior dor que já senti na vida. Então peguei o carro, viajei até a sua casa, e com o coração partido chorei implorando para que você me ajudasse a colá-lo outra vez. Mas com isso aprendi que uma amizade verdadeira precisa ser valorizada, que um dia as pessoas se cansam de insistir, e se você não fizer a sua parte, elas vão embora.

Tem dias que a gente só queria voltar no tempo.

Voltar no tempo em que meu vô era vivo, seu vô era vivo, e éramos apenas netinhas dos nossos vovôs. Acreditávamos que a família deve vir em primeiro lugar e que nossos pais sempre estão certos. Que briguinhas acontecem nas melhores famílias e que nossa casa é o único lugar para onde sempre podemos voltar.

Tem dias que a gente só queria voltar no tempo.

Voltar no tempo em que tínhamos 13 anos e a professora disse: Ellen, a Amanda é novata na escola. Ela também é de Uberlândia. Vocês serão grandes amigas. E a partir deste momento, obedientes como sempre fomos, uma passou a cuidar da outra como irmãs. A irmã que você não teve, a irmã que eu escolhi para mim. A menina mais doce que um dia eu conheci, e sem dúvida a mulher mais linda.

Tem dias que a gente só queria voltar no tempo.

Então eu voltaria um dia antes para impedir que você sofresse tanto nesta vida, mesmo sabendo que por causa de todas as dores você se tornou esta pessoa ainda mais especial. Mas como não poderia colocar você na redoma da flor do pequeno príncipe e impedir que todas aquelas pessoas ruins fizessem mal para você, eu poderia trocar de vida com você e assim você teria um mundo cor de rosa a sua frente para pintar da cor que preferir como faz com seus livros de colorir Floresta Encantada ou seu álbum do Amar É.

Obrigada por hoje ser a maior razão de eu não querer voltar no tempo. Por ser minha BFF, minha cúmplice, as minhas melhores lembranças de agora e sempre.

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Concurso COSMO MAKE OVER

Amores e amoras,

Vocês sabem como é difícil para mim guardar um segredo. Na verdade, se o segredo é meu, chega a ser impossível. Não criem expectativas, não é nada demais. Só um lembrete para cada um de vocês participarem de concursos e promoções pois eu sou a prova de que quem quer muito, ganha.

Dia 14 de outubro farei uma transformação no salão do Marco Antonio de Biaggi http://www.mghair.com.br/ (aquele que tira as fotos com as celebs sempre de perfil), e já comecei a ficar ansiosa. Me inscrevi na COSMO MAKE OVER e a editora de beleza da revista Vânia Goy me escolheu para ganhar este super mimo.

Vocês já conhecem a minha saga. Há mais de 30 anos tento ficar loira. E embora tenha passado por salões renomados aqui em São Paulo, como o do Marcos Proença, do Cassaroli´s, os cabeleireiros resolveram não arriscar tanto na cor (mesmo eu propondo assinar um termo que isentasse eles da culpa caso eu ficasse careca).

Desta vez não acredito que vá ser diferente, mas ainda tenho um fiozinho de esperança (da raíz até as pontas) de ficar loira como a Carolina Dieckmann ou a Giovana Ewbank. Um long bob incrível com pontas assimétricas e costas arredondadas.

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Já antecipo o que vão dizer: você é muito grande para um cabelo tão curto e muito morena para um loiro tão platinado. Gente, eu sei que vocês que sabem, vocês é que são os profissionais, mas eu não tenho verba para frequentar estes salões tão caros e muito menos demorar mais uns 3 anos para chegar na cor tão desejada. Então torçam por mim.

E já sabem: devo sair na edição de novembro da Revista Cosmopolitan (Editora Abril). Depois eu conto quem vai estar na capa para a família garantir a sua, hehehe.

Dessa vez verão uma Ellen de corpo inteiro e um pouco mais poderosa, porque esta é a proposta da revista, antiga NOVA. Afinal, a gente precisa se amar para conquistar o maridão, um novo emprego…

Daqui 2 semanas contarei tudo que rolou e detalhes do antes e depois. Aguenta a curiosidade. Ai, ai.

3 anos depois

Hoje passou uma matéria no Mais Você falando sobre a cirurgia bariátrica. Dados comprovam que metade das pessoas que se submeteram a cirurgia voltam 30% do peso original depois de 3 anos, e 10% engordam tudo novamente depois de 5 anos. Este mês vou completar 3 anos de cirurgia. Pesava 120 quilos, emagreci 50 e voltei 14. Posso dizer então, que infelizmente, estes dados são reais e faço parte das estatísticas dos 50%.

Mas a pergunta é: isto deve me fazer conformar com o fato e continuar engordando? Costumo brincar que não importa meu peso, sempre terei alma de gorda. Mas a palavra certa não é alma, é cabeça. Apesar de o psicológico não comer é ele quem nos alimenta das sensações de ansiedade e insegurança que só são amenizadas com quilos de chocolate.

O primeiro ano foi fácil. Como eu sabia que comer qualquer tipo de doce como refrigerante, bombom e bolachas recheadas me daria síndrome de dumping (e dumping nada mais é do que a perda de sentidos momentânea como taquicardia, baixa de pressão, morte e uma segunda chance), eu consegui me manter longe deles e por isso, consegui chegar no meu objetivo sem sofrimento.

Até este momento meu estômago media pouco mais de 50 cm. Eu já me alimentava de 3 em 3 horas como uma pessoa normal. Ou seja, não precisava lotar o prato ou repetir.

Mas como, apesar de ter grampeado o bendito, o estômago é um orgão flexível que continua crescendo, no segundo ano você não emagrece mais, mas também não engorda. É notável que seu estômago já deve medir uns 200 cm, mas tudo bem, já que não são 2 litros (como eu costumava chamar carinhosamente de saco sem fundo). O drama é que ele fica completamente vazio a cada meia hora e você sente necessidade de colocar alguma coisa para dentro. Nós, seres humanos, não sabemos lidar com o buraco.

No terceiro ano…bom, se você não se cuidou, não aprendeu a ter uma alimentação balanceada e a fazer exercícios físicos regulares, não tem jeito. No meu caso, engordei 1 quilo por mês e de quilo em quilo o problema é recuperar tudoooo que você emagreceu.

As pessoas costumam dizer: tente lembrar como foi sacrificante, é melhor se empanturrar ou ter saúde? e as dores nas costas, no joelho, no coração, quer voltar a tê-las? imagina se você tiver diabetes, entre outras coisas realmente tristes.

E não adianta falar que não me importo com esse braço enorme e as coxas grossas. É triste não ter controle sobre sua própria boca, pelo seu próprio destino. Sei que o futuro a Deus pertence, mas podemos dar uma mãozinha.

Meu marido, chef de cozinha e melhor amigo, faz muito bem a sua parte ao cuidar de mim me fornecendo alimentos saudáveis nas refeições, mas ele diz que não tem como me vigiar quando estou no trabalho (ele sabe que sou muito mimada pelos meus amigos e isso sempre acaba em comida). Talvez minhas férias forçadas (a.k.a. demissão) possam me fazer assumir as rédeas novamente ou devolver a motivação para olhar novamente pra mim.

Quando o Doutor Oscar realizou minha cirurgia ele explicou que ela não era a solução para todos os meus problemas, mas que era minha última chance, para eu agará-la com mais unhas e menos dentes. Bom, é o que vou fazer. Antes que seja tarde.

The Voice Brasil – quarta temporada

Lembro de cada vez que gravei um vídeo para participar das audições do The Voice Brasil. Na primeira, fechei a janela do meu quarto, me posicionei na sua frente, e liguei a câmera fotográfica. Sem ensaio, sem edição, gravei o vídeo da minha música preferida ¨Espumas ao Vento¨ e mandei. No segundo ano, pedi para o meu marido ajudar na gravação, escolhi uma música mais animadinha, coloquei um vestido mais colorido e me apresentei mais brevemente. Na terceira vez, estava meio sem inspiração, sem trabalho, sem grana, sem casa, então mandei um vídeo que eu tinha cantado para participar do Programa da Xuxa ¨Chega de Saudade¨. Este ano mandei novamente (e pode ficar tranquila, não será o último). Eu estava há 2 semanas trancada dentro de uma sala fazendo uma concorrência, quando chegou o último dia de inscrição. Corri para outra salinha da agência, posicionei o celular (porque a câmera fotográfica deu pau geral) e cantei ¨Vapor Barato¨. A filmagem ficou escura, o vídeo pesado, então meus amigos tiveram que dar uma super mão para subir o arquivo a tempo.

Todas às vezes que mando um vídeo, deposito nele toda a minha esperança, mesmo sabendo que existem milhares de pessoas melhores do que eu, com anos de experiência em barzinhos, aulas de canto, comíssios na cidade. Planejei até mudar o estilo ou começar a responder que sei tocar algum instrumento, mas não consigo mentir quando se trata do meu sonho. Eu gosto de MPB, não sei ler partituras, muito menos alcançar uma nota tão aguda e meus únicos fãs são a família e os amigos.

Mas juro que quando conheci a Claudia Leitte e ela ouviu o meu vídeo de inscrição alimentei uma certa esperança da sua cadeira finalmente virar pra mim. Ela me deu um abraço, conselhos e principalmente confiança. Disse para dá próxima vez eu escolher Maria Bethânia. E como sou fã da Bethânia e da Claudinha, não pude dizer não.

Quinta agora começa The Voice Brasil. Seria uma ótima oportunidade de eu participar e conhecer o Rio de Janeiro, já que semana passada fui demitida, mas mais uma vez não fui escolhida. Não fico triste por isso. Quem canta, os males espanta. E este ano, fui muito feliz.

Então já sabem, na quinta, fiquem ligados. A Claudinha vem aí, com penteado novo, look novo e a mesma alma iluminada de sempre. Amo demais.

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Mangas dramáticas. Fale mal mas fale de mim.

Quando fomos gravar o comercial da Venus Breeze com a Claudinha, ela escolheu entre as roupas pré-selecionadas na arara um vestido verde água com capa. A equipe logo tentou esconder com grampos o principal e único item que deixava aquele vestido não ser só um tubinho. O que eu fiz? Me conectei em vários blogs e mostrei para o cliente que aquilo era uma super tendência. Lógico que ele poderia não gostar, mas estava na moda, marcando uma época. Se ia virar um meme, como se a Claudia Leitte fosse uma super heroína preparada pra voar, não poderíamos prever.

Tive a mesma sensação quando vi a blogger Leandra Medine, do Man Repeller, usando cheia de atitude uma manga dramática. Seu estilo exótico, bem new yorker, chama a atenção por onde ela passa. Não estou dizendo que se vestir de Shakespeare vai agradar os homens. Mas se você bancar a mulher teatral e extremamente poderosa sem perder os ares minimalistas, vale a pena apostar na tendência.

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Cineminha da semana: Que horas ela volta?

Sábado acordei cedo. A Larissa tinha me convidado para assistir no Cine Belas Artes um filme brasileiro. Seria uma ótima oportunidade para conhecer o cinema da consolação depois da sua reforma e prestigiar o diretor que estaria presente nesta ação da EldoradoFM.

Que horas ela volta é uma pergunta que ouvimos com frequência quando a mãe sai para trabalhar. E mesmo com um tema tão comum no Brasil: domésticas que deixam de cuidar da sua família para ficar com o filho dos outros, é impossível não se sensibilizar.

A pernambucana Val (Regina Casé) se mudou para São Paulo para mandar dinheiro para a sua filha Jéssica. Morando na casa de seus patrões, para Fabinho ela era muito mais do que uma babá, já para a filha era uma mulher que só via por fotos. Treze anos depois, quando o menino vai prestar vestibular, Jéssica lhe telefona, pedindo ajuda para ir à São Paulo. Os chefes de Val recebem a menina de braços abertos, só que quando ela deixa de seguir certo protocolo, circulando livremente pela casa, como não deveria, a situação se complica.

O silêncio, a falta de luz e muitos outros símbolos como os degraus da escada que separam o quarto da empregada do da patroa, e a piscina vazia, dizem muito sobre o enredo: profundo, inquietante. Eu adorei. Não é à toa que está concorrendo ao Oscar. Deixou meu dia mais leve.

A tarde foi ainda mais agradável. Desde o almoço com a Tatá ao brigadeiro de colher embaixo das cobertas. 340650.jpg-c_640_360_x-f_jpg-q_x-xxyxx que-horas-ela-volta_t104058_zGSsHEV_jpg_290x478_upscale_q90